Entretanto,
a popularização desse acessório preocupa especialistas que afirmam que o uso
excessivo do fone pode resultar em perda auditiva leve ou, em casos mais
graves, em surdez.
O uso do
fone de ouvido é prejudicial quando ele ultrapassa os níveis saudáveis para o
aparelho auditivo. Quando a medida de som – o decibel – vai além dos 80 é hora
de começar a ficar alerta, como explica o otorrinolaringologista Salomão Caruí.
— A
altura recomendada é a metade do volume máximo emitido pelo aparelho. Uma dica
prática é perguntar às pessoas próximas se estão escutando o som que sai pelo
seu fone de ouvido. Se sim, é melhor baixar o volume.
Segundo a
sociedade Brasileira de Otologia, a 85 decibéis, o tempo máximo de exposição
por dia é de oito horas. Conforme o volume aumenta, o tempo de exposição tem de
ser reduzido. A 115 decibéis, por exemplo, que seria ficar na balada perto da
caixa de som, a exposição não deve ultrapassar os sete minutos.
Um dos
mitos em relação ao fone de ouvido é que o fone de inserção (pequeno colocado
dentro da orelha) seria pior que o de oclusão (externo). Na verdade os dois são
prejudiciais, como acrescenta Salomão.
— Os
menores, por estarem em contato direto com o canal auditivo, podem agredir
mais, mas tudo depende da equação formada pelo tempo de exposição e a altura do
som, se a soma for negativa, ambos farão mal.
Um dos
primeiros sintomas de que algo não vai bem com o aparelho auditivo é o
tinnitus, o conhecido — e chato — zunido. Se você tem problemas para escutar o
que alguém diz, em um tom normal de voz, estando em um ambiente com pouco
ruído, é aconselhável procurar um fonoaudiólogo e diminuir imediatamente a
intensidade do uso do fone.
Felizmente,
o uso do fone de ouvido não é somente prejudicial. Desde que utilizado na
medida certa, ele pode trazer diversos benefícios para a saúde e o bem-estar. O
fone é um excelente aliado para te ajudar a relaxar em momentos de estresse no
trabalho ou para aumentar seu pique na hora da malhação.
Fonte: Diário da Saúde
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